segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Perco


Vou falar uma coisa que não sei se alguém compartilha comigo, mas por agora é de todo meu: eu não sei expressar o que sinto. Não por que eu não saiba amar, mas por que amo demais. Não apenas sinto, me entrego. Mas não me entrego a qualquer amor, só me entrego quando sinto que é valioso. Eu olho nos olhos, eu escuto não só as palavras ditas mas a respiração, se pausada ou frenética. Eu sonho, me apego e desejo realizá-lo. Mas não sei dizer o que sinto. Me faltam palavras, coragem, me sobram suores, temores e palpitações. Falar o que sinto é quase como me expor a uma doença terminal, olhar nos olhos e abrir meu coração seria o mesmo que cortá-lo em dois. não, não. Não sou dramática. Apenas não estou curada de outros sentimentos que me trouxeram um pouco de pesar e descontentamento. Na verdade, creio que hoje sou fruto geneticamente "danificado" daquilo que um dia vivi com alguém a quem amei e não temi me expor.

Hoje não sou 1/5 do que fui, nem sei o que um dia serei. Talvez amor, paixão, desejo, ou, como acontece com quem muito sonha, talvez no fim só desilusão!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Descobertas


O que fazer quando a gente desaprende a gostar? Complicado quando a gente sente todas essas sensações e emoções, sem saber ao certo como agir, o que dizer ou fazer. Olhar nos olhos do outro e ter tanto para falar, mas coragem alguma para fazer.
O que eu queria era dizer "Então, eu gosto mesmo de você!" ou "Então, eu quero você em minha vida para sempre!". Mas o meu para sempre pode ser diferente do sempre do outro. Meus desejos podem ter um rumo e os dele outro caminho. Meu Deus!! Eu, de fato, desaprendi a amar!!!
Em algum momento de minha vida a Fernanda corajosa, destemida se perdeu. Não sei por quê, nem tampouco quando isso aconteceu. O que eu sei é que eu quero poder falar o que sinto sem medo de só eu sentir, eu quero poder abraçar sem parecer querer sufocar, eu quero poder beijar sem que a interpretação de meu carinho seja tão somente a de prisão. Eu quero liberdade e nessa liberdade eu quero alguém do meu lado. Eu quero teu beijo, teu abraço, teu carinho, teu olhar, teu calor.
Faz tanto tempo que espero por esse alguém especial, tanto tempo que cheguei a achar que não passava de um desejo infantil de príncipe encantado. Hoje eu sei que príncipes encantados não existem, mas descobri que existem seres humanos adoráveis que nos apaixonam facilmente.
Eu me descobri com aquele frio na barriga que há muito não sentia, me descobri com aquele brilho no olhar, com PAIXÃO!

Eu descobri que nunca vou estar segura e dona da situação, mas vou amar me entregar se esse sentimento for verdadeiro. Eu descobri você e, de alguma forma, você me descobriu. Acho que estou feliz!