quarta-feira, 15 de julho de 2009

Não escolhemos por quem nos apaixonamos, mas podemos optar entre lutar e desistir...



Não busco em teus olhos um sinal de correspondência, mas de compreensão e entendimento; Não venho com intuito de ver-te declarar sentimentos por mim, mas apenas de aceitar os meus; Não idealizo que, mutuamente, te decidas, apenas espero que me deixe TENTAR plantar , por pequeno que seja,um grão de minha luxúria, quem sabe o sentimento me faça abrir caminho a algo mais certo e puro; Não atento a esperar que recebas meus galanteios como amor certo, mas desejo do fundo do coração que olhe para todo esse cenário e me enseje a permissão de um sorriso a mais estampar nesse rosto tão amável em tamanha delicadeza.

Não me deixe na amargura da espera por um vazio, apenas me possibilite preencher um espaço que outrora me era desconhecido mas em te ver se tornou pulsante, palpável e incrivelmente necessário. Foi teu sensível olhar que me fez encantar, foi teu sorriso lato que me furtou a atenção, foram teus gestos sutis e disfarçadamente modestos que me tomaram os sentidos, foi teu passar forte que me enviou teu caminho, foi tua atenção lacônica que me aguçou a avidez por mais e mais...tantas foram as formas de te compreender e em tão poucas vezes que te vi.

Reconheço que talvez pareça loucura, absurdo...mas quantos absurdos fazem-se necessários para que creias que um sentimento possa acontecer como que do nada, tal qual flor que nasce num deserto em sede d'agua?!? Nasceu, como que do nada,sem cobrar nada, nem mesmo atenção, mas apenas o direito de existir , de se fazer notar, de sonhar...
Não te direi quem sou, não por ímpeto de fetiche, mas porque quero que continues a olhar para mim sem prejulgar somento por ter me encantado por ti. Talvez teus olhos não conseguissem ver o que sinto, mas apenas a palpável impossibilidade que a sociedade e,muitas vezes, que nós mesmos nos impomos. Apenas me olhe tal qual essa folha de papel: como palavras escritas pra ti, somente pra ti; me veja como sentimento cravado em folha, pois o que escrito está, se bem cuidado, eterno será.